quinta-feira, 18 de abril de 2019

Saravá, Seu Zé

As voltas que o mundo dá são muito curiosas (ou pelo menos, aos nossos olhos assim parece). Quando comecei a trilhar os caminhos da Umbanda, uma das primeiras entidades que me disse que eu deveria estar do “lado de dentro” do terreiro foi o Seu Zé Pilintra. Naquele dia, ainda me falou que todas as vezes em que eu fosse tomar uma cerveja, não esquecesse de brindar e “chamá-lo” (ato que até hoje cumpro com alegria).

Passou o tempo, Seu Zé, com toda a razão de sua observação, tem sido meu companheiro e muito tem me ensinado sobre o mundo maior que o mundo que meus olhos conseguem ver.

Eis a razão pela qual meu texto de hoje tem como base a figura emblemática do “malandro”. Uma Linha ainda não totalmente conhecida, mas, enormemente amada.

Muitas pessoas, mesmo não sendo umbandistas, nutrem uma grande simpatia pelo moço de tenro branco, gravata vermelha, chapéu panamá e sapato bicolor.

Quando digo que “ainda não totalmente conhecida” é porque vejo que em alguns locais, em suas práticas magísticas, os Malandros (e todo o campo semântico envolvido) oscila a compreensão de o que é a Linha, como se manifesta e quem a compõe.

Somos uma religião relativamente nova, se comparada a outras mais seculares. Assim, se estamos em processo de consolidação ainda, é de se compreender os motivos de encontrarmos algumas lacunas em determinadas Linhas e conceitos.

Baseado em tudo isto e também na minha própria doutrinação como médium (e as conversas “ao pé do ouvido” que Seu Zé me proporcionou) é que me aventurei na escritura de mais um livro.

Gostaria de fazer um convite a todos os leitores, irmãos de fé e amigos, para que venham caminhar comigo nas histórias que Seu Zé do Baralho me contou, tanto de sua última encarnação, como também sobre seu processo de aprendizado “fora do corpo” até receber a missão de se tornar uma entidade de Umbanda.

No livro, pequeno, de linguagem clara e objetiva, veremos algumas das diferentes formas de compreender a Linha dos Malandro, as suas formas de atuar e como se dá a relação entre as entidades que trabalham com um médium.

Espero que gostem deste livro, pois foi escrito com muito amor e respeito por “alguém” que tanto nos ensina, com suas falas bem-humoradas, mas absolutamente sérias, sobre a vida.

Aos que se interessem, podem contar comigo, seja pelo contato por aqui no blog, por e-mail (dsfilho2016@gmail.com)ou pelo Instagram (dsfilho2016).

Muito axé para todos. Salve a Malandragem. Saravá, Seu Zé!

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