segunda-feira, 27 de maio de 2019

Ser umbandista


De tudo que poderíamos falar sobre o que define um umbandista, creio que o mais valioso dos traços marcantes seja o fato da atenção ao fazer o bem. Claro está que todas as demais características de quem diz professar a religião de Umbanda são importantes e nos faz ter orgulho da fé que abraçamos. É uma honra sermos sensitivos integrantes do grupo mediúnico de uma Casa; é um aprendizado constante frequentarmos as giras e sessões e, com as entidades de luz, guias e Orixás, estarmos em um processo evolutivo; igualmente é gratificante participar dos eventos de um terreiro, sejam eles, inclusive, o de limpeza da Casa, as Festas e a convivência com os demais irmãos de fé. Tudo isto é verdade!

Entretanto, cala fundo em minha alma a chance que a religião nos dá de podermos ajudar a nós mesmos através do auxílio ao próximo. Todos vivemos momentos difíceis. Todos atravessamos, vez por outra, tormentas. Quantas vezes, a Umbanda, na figura de seus guias, em terra, foram nosso alento e sustento? Quanto aprendemos com eles a superar a dor e as situações de dificuldades?

Como bem nos deixou de legado o Caboclo das Sete Encruzilhadas:

a Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade. Não podemos perder de vista esta belíssima mensagem.

E como estamos fazendo isto? Que movimento temos tido em relação a cumprir com tal fundamento?

Como diz a sabedoria popular, “ninguém é tão pobre que não possa ajuda, e ninguém é tão rico não precise de auxílio”. Sempre podemos fazer algo por alguém e deve ser um lema para os umbandistas.

Ir ao terreiro, cumprir com sua missão de médium incorporante, participar das giras, tudo isto nos traz desenvolvimento, mas falta ainda o aprendizado da convivência com aqueles que passam (momentaneamente ou de forma mais longa) pelas privações e revezes do mundo.

Diante desta realidade, surgiu a ideia de criar um projeto para auxiliar – e assim nos auxiliar – no crescimento como fraternos seres que somos. A UMBANDOBEM é isto. Uma chance de juntar irmãos com o propósito de movimentar a energia agregadora. Umbandobem terá campanhas de auxilío a orfanatos, asilos, terreiros, e tudo o mais que pudermos. Para tanto precisamos das mãos dadas como a grande ciranda de Deus.

Conheça Umbandobem, siga nossas redes sociais (Instagram e Facebook), acesse nosso site, voluntarie-se (dirigentes espirituais, zeladores de santo, cambonos, etc.). Sozinhos somos errantes, juntos somos viajantes de um lindo trajeto chamado vida! Contamos com todos!

Saravá Umbanda. Axé!






sexta-feira, 10 de maio de 2019

O que é a Umbanda?

Este mês, faço um convite aos meus irmãos de fé para que empreendam uma pesquisa informal sobre a nossa religião. Sabemos que não podemos falar sobre a Umbanda com todas as pessoas que nos cercam (seio familiar, ambiente de trabalho ou colegas de lazer), mas sabemos, também, que há alguns com quem podemos tocar no assunto.

Minha sugestão é a de que conversem com os que não professam a nossa fé. Façam uma sondagem sobre o que elas já ouviram falar sobre a Umbanda, perguntem (e tentem não responder antes de escutarem tudo que elas sabem) qual a visão que têm, a experiência que já tiveram (se tiveram), e a visão que construíram a partir de todas as informações e vivências.

É natural, que diante de alguma dúvida de interlocutor, nosso ímpeto tente ser mais ágil que nossa paciência em ouvir, e acabemos por tentar preencher as lacunas da visão de quem está conversando conosco. Tentemos nos manter serenos (como é o perfil de quem está pesquisando) e, somente após obtermos as respostas, apresentemos o nosso entendimento.


Quais os motivos que me levam a trazer esta proposta para os leitores?


Não quero adiantar algumas conclusões, mas gostaria que considerassem alguns pontos importantes sobre a religião que se verificarão no processo desta “pesquisa”. O que é a Umbanda? Quem pisa no terreiro sabe? Quem nunca foi a uma gira entende?

Não importa se você tem 1 ou 30 anos de Umbanda, se é dirigente espiritual de uma casa, se é médium ou só assistência.

Tenho, reiteradas vezes, dito que é tempo de refletirmos sobre a Umbanda. Os tempos atuais impõem a necessidade de entendermos nosso lugar no mundo (em todos os setores). Não há instituição que se mantenha sem que se conheça de forma interna e sistêmica como ela se mantém.

O convite pode parecer que está sob um argumento político, porém muito maior que isto está a necessidade de nos enxergarmos como um órgão social e, como tal, que convive e interagem com os demais.

Alguns confirmaram suas suspeitas a respeito do que as pessoas pensam sobre a Umbanda e haverá os que se surpreenderão com algumas colocações. Aceitam o convite?

Saravá, Umbanda! E muito axé para todos nós!